A redação para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é a única prova discursiva da avaliação considerada a maior porta de entrada para o Ensino Superior no Brasil. Por conta disso, essa é uma etapa que exige maior atenção dos candidatos. Nessa fase, o estudante precisa desenvolver um texto dissertativo-argumentativo sobre um tema proposto, apresentar o seu ponto de vista de forma consistente e sugerir uma solução viável para o problema abordado, sempre respeitando os Direitos Humanos.
De caráter eliminatório, a redação ocupa uma posição de destaque nessa prova de admissão ao Ensino Superior, que é supervisionada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), vinculado ao MEC (Ministério da Educação). Sendo assim, é necessário que o candidato esteja bem preparado para alcançar uma redação nota mil, seguindo os padrões estabelecidos pelo Inep.
Para isso, o estudante deve construir uma argumentação sólida, coesa e embasada em um repertório sociocultural relevante. Um dos elementos obrigatórios, por exemplo, é a proposta de intervenção, ou seja, a sugestão de uma ação concreta que contribua para resolver a questão discutida. Embora os temas variem bastante a cada edição, é possível observar uma tendência da banca por assuntos que refletem os desafios enfrentados pela sociedade brasileira.
Neste artigo, você vai entender por que a redação tem tanto peso no Enem, como a nota é calculada, quais são as partes que compõem o texto e o que é necessário para conquistar a sonhada nota mil. Também vamos compartilhar dicas valiosas para escrever uma boa redação e orientar você sobre como proceder no dia da prova.
Leia a seguir.
Qual a importância da redação para o Enem?
A redação para o Enem desempenha um papel fundamental, pois é uma das provas com maior peso dentro da avaliação — podendo somar até 1.000 pontos. Além disso, a sua nota é decisiva para o acesso a diversas oportunidades de ingresso ao Ensino Superior, a partir de programas do Governo Federal.
Para se candidatar ao Sisu (Sistema de Seleção Unificada), por exemplo, é obrigatório não ter zerado a redação. Desse modo, esse processo seletivo é um dos caminhos mais utilizados pelos estudantes para concorrer a vagas em faculdades e universidades públicas de todo o país.
A mesma situação vale para programas como o Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Mas, em ambos os casos, é necessário ter alcançado pelo menos 450 pontos de média nas cinco provas e não ter obtido nota zero na redação.
Em vista disso, uma boa pontuação na prova discursiva — fase obrigatória — pode elevar a média final e ampliar satisfatoriamente as chances de conquistar uma vaga ou uma bolsa no Ensino Superior.

Mas como se faz uma redação para o ENEM?
Antes de aprender como fazer uma redação para o Enem, é essencial compreender o que é um texto e quais são os seus principais gêneros. Isso porque cada tipo textual tem um objetivo específico e uma estrutura própria que guiam a forma como a informação é organizada.
Nesse sentido, há, basicamente, cinco tipos textuais. São eles:
1. Narrativo: descreve uma sequência de acontecimentos, com personagens, tempo e espaço determinados. Esse modelo é comum em contos, crônicas e romances.
2. Descritivo: tem como finalidade detalhar características de pessoas, lugares, objetos ou sentimentos, criando uma imagem mental no leitor.
3. Expositivo: apresenta e explica ideias ou conceitos, de forma neutra, clara e objetiva.
4. Instrucional (ou injuntivo): orienta o leitor a realizar uma ação, como ocorre em manuais, tutoriais, receitas e regras de jogos.
5. Argumentativo: é aquele que defende um ponto de vista a partir de argumentos e de justificativas, com foco em convencer o leitor.
No caso da redação para o Enem, o tipo de texto que é exigido dos candidatos é o dissertativo-argumentativo. Isso significa que a estrutura deve apresentar ideias organizadas de forma lógica e objetiva, com a defesa de um ponto de vista claro e argumentos bem elaborados.
Além do mais, deve-se escrever o texto em prosa, ou seja, tendo frases e parágrafos corridos, sem o uso de versos, como ocorre em um poema.
Ademais, a linguagem deve seguir a norma-padrão da língua portuguesa, e o texto precisa conter uma proposta de intervenção social viável, dentro dos limites dos Direitos Humanos.
Quais são as 3 regras da redação?
De modo geral, uma redação bem construída deve seguir uma estrutura básica dividida em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Essa organização possibilita que as ideias sejam apresentadas com clareza e coerência, facilitando a compreensão por parte do leitor.
Introdução
A introdução é a primeira regra da estrutura e abrange todo o parágrafo inicial. Nela, o autor deve apresentar o tema que será tratado e indicar a sua tese principal, isto é, o posicionamento que norteará toda a argumentação.
Logo, essa etapa deve ser direta e atrativa, despertando o interesse do leitor e preparando-o para o que vem a seguir. Geralmente, é constituída por três a quatro linhas.
Desenvolvimento
O desenvolvimento é a segunda regra e constitui o corpo do texto. Nesse caso, o autor deve apresentar argumentos sólidos que sustentem a sua tese, preferencialmente organizados em dois ou três parágrafos.
Por isso, é fundamental que o conteúdo esteja bem alinhado, com o uso adequado de conectivos, exemplos e dados, quando possível. Por fim, a linguagem deve ser clara, evitando repetições e períodos muito longos.
Conclusão
A última regra consiste em encerrar qualquer projeto de redação de forma lógica, coerente e coesa, de acordo com o propósito apresentado. Mas, na redação para o Enem, por exemplo, deve-se incluir, de forma obrigatória, uma proposta de intervenção para o problema discutido, demonstrando o compromisso social e o respeito aos Direitos Humanos.
Mesmo fora do contexto do maior exame nacional, a conclusão deve retomar a ideia central, reforçar o ponto de vista e apresentar um fechamento consistente para o texto.
Além disso, evite anunciar que está encerrando o texto com expressões óbvias, como “concluindo” ou “finalizando”, pois o leitor perceberá naturalmente que se trata da parte final.

E como fazer uma boa redação para o Enem?
Para conseguir escrever uma boa redação para o Enem, além do conhecimento prévio dos elementos textuais explanados anteriormente, é essencial compreender a estrutura exigida pela banca da prova. Por via de regra, o texto a ser empregado deve ser do gênero dissertativo-argumentativo. Nessa produção, deve-se incluir a defesa de um ponto de vista, além da proposta de intervenção para solucionar um problema apresentado na temática.
Além de domínio da língua portuguesa, o participante deve demonstrar senso crítico, organização das ideias e repertório sociocultural relevante.
A seguir, vamos relacionar os principais componentes que não podem faltar em uma redação nota mil.
Quais são as 4 partes da redação?
Em primeiro lugar, vale frisar que o título é opcional, ou seja, o candidato pode decidir por não usá-lo — isso não impactará a sua nota. Porém, caso opte pela inclusão do título, deve fazê-lo curto e objetivo. Mas o foco deve estar nos quatro parágrafos principais, que compõem a estrutura do texto:
1. Introdução: é o momento de apresentar o tema e contextualizar o assunto. Nessa parte, você deve demonstrar ao leitor que compreendeu a proposta e introduzir a sua tese, ou seja, o ponto de vista que será defendido ao longo do texto.
2. Desenvolvimento ou primeiro argumento: nesse parágrafo, você desenvolve o primeiro argumento que sustenta a sua opinião sobre o tema. Desse modo, é primordial apresentar um raciocínio claro e coeso, fundamentado por exemplos, dados, fatos históricos ou referências socioculturais.
3. Desenvolvimento ou segundo argumento: aqui, você deve reforçar a sua tese, aprofundando o debate. O intuito é complementar o que foi dito anteriormente, trazendo novas perspectivas ou reforçando a gravidade do problema com outras abordagens.
4. Conclusão ou proposta de intervenção: no último parágrafo, o candidato deve expor a resolução do problema discutido. Esse momento é crucial para garantir a nota máxima, conforme os parâmetros estabelecidos pelo Inep, que serão detalhados mais adiante neste artigo.
Temática da redação para o Enem: onde o desafio começa
Os temas da redação para o Enem estão sempre mudando a cada ano. Embora não seja possível prever com exatidão a temática, é comum que as bancas abordem questões sociais, culturais, científicas ou políticas relevantes para a realidade brasileira. Assuntos como minorias sociais, desigualdades, cidadania, direitos e desafios contemporâneos costumam estar entre os mais recorrentes nessa prova discursiva.
Além disso, o tema aparece sempre com uma linguagem neutra, sem verbos que induzam a uma opinião. Isso permite que o candidato construa o seu texto de maneira livre, dentro do que conhece e reflete sobre o assunto. Alguns enunciados podem vir em forma de pergunta, exigindo uma resposta argumentativa clara.
Por isso, uma dica importante é manter-se sempre informado, refletir sobre os problemas que afetam diferentes grupos sociais e praticar a produção de textos, como ocorre em todo curso para Pré-Vestibular que tenha credibilidade, por exemplo, o do Sistema de Ensino Equipe — referência no Pará e na região Norte.

Repertório cultural: a bagagem que dialoga e convence a banca examinadora
Para fortalecer a argumentação da prova discursiva, inserir um repertório cultural é preponderante. Porque isso está diretamente ligado a uma das competências de avaliação da redação para o Enem. Desse modo, esse quesito busca analisar a capacidade de mobilizar conhecimentos de diversas áreas para construir a dissertação.
O repertório pode incluir diversas fontes de conhecimento e dados, tais como:
– Frases de livros, músicas ou filmes;
– Estatísticas e dados de instituições reconhecidas;
– Notícias diversas e reportagens;
– Citações filosóficas, históricas ou científicas;
– Referências a acontecimentos históricos ou eventos culturais relevantes.
Todavia, lembre-se de que o uso de repertório deve estar, prioritariamente, ligado ao tema e ser bem contextualizado, não apenas citado de forma superficial.
Proposta de intervenção: saiba qual o plano de ação certo para a redação para o Enem
Ao elaborar uma redação para o Enem, tenha sempre em mente criar uma boa proposta de intervenção, colocando-a no último parágrafo do texto. É uma das chaves para o sucesso.
A fim de que o participante atinja a pontuação máxima nesse requisito, é indispensável apresentar uma medida pertinente ao tema, articulada ao conteúdo discutido e detalhada de maneira suficiente.
Uma proposta de intervenção completa, de acordo com os critérios oficiais da prova discursiva, deve conter esses cinco elementos, tidos como essenciais:
1. Ação interventiva: é a ação concreta que deve ser executada para resolver ou mitigar o problema exposto no texto;
2. Agente responsável por sua execução: indica quem será incumbido de implementar a ação. Pode ser um indivíduo, grupo, instituição, entidade ou um órgão governamental;
3. Meios de implementação: são as ferramentas, as estratégias ou os recursos necessários para que a ação seja colocada em prática. Inclui infraestrutura, materiais, recursos humanos etc;
4. Finalidade: o objetivo que se espera alcançar com a implantação da ação. Deve ser claro e mensurável;
5. Detalhamento adicional: qualquer informação que complemente ou enriqueça a proposta, como justificativas, exemplos práticos, dados de apoio ou explicações sobre a viabilidade.
Logo, todos esses componentes devem ser apresentados com clareza, coesão e em consonância com os Direitos Humanos, princípio que, se desrespeitado, pode resultar em anulação da competência avaliada.
Nesse contexto, o candidato ainda deve garantir que a intervenção proposta seja exequível no contexto social brasileiro, evitando soluções genéricas, utópicas ou desconectadas da realidade apresentada no texto.
Por último, é necessário que a proposta esteja logicamente associada à tese defendida e ao desenvolvimento argumentativo, funcionando como uma conclusão propositiva que reafirma o posicionamento do autor.
Dica extra
Como estratégia de organização, recomenda-se que o candidato, ao construir a proposta, responda às seguintes perguntas de forma implícita ou explícita:
1. O que deve ser feito?
2. Quem deve fazer?
3. Como será feito?
4. Com qual objetivo?
5. Que outro dado pode enriquecer a proposta?
Assim, ao articular todos esses elementos de forma ordenada e crítica, o estudante demonstra não apenas domínio da estrutura dissertativo-argumentativa, mas também consciência social, habilidade de intervenção e responsabilidade cidadã — competências centrais exigidas pela redação do Enem.

Quais são os 5 critérios de correção da redação do Enem?
A correção da redação do Enem é sempre feita por, no mínimo, dois avaliadores. São profissionais com formação superior em Letras ou Linguística e cada um analisa o texto com base em cinco competências específicas, que, em conjunto, compõem a nota final do candidato. Assim, cada competência vale até 200 pontos, totalizando a pontuação da redação nota 1.000.
Agora, entenda quais são esses critérios:
1. Competência I – está relacionada ao domínio do candidato da norma culta da língua portuguesa. O participante deve demonstrar o uso adequado da gramática, respeitando ortografia, pontuação, morfossintaxe e organização textual.
2. Competência II – aqui o foco é a compreensão da proposta de redação. Para isso, o candidato precisa desenvolver o tema de forma pertinente, mobilizando conhecimentos de diferentes áreas e respeitando a estrutura do gênero dissertativo argumentativo.
3. Competência III – concerne à capacidade de selecionar, relacionar e organizar informações, argumentos, fatos e opiniões com coerência e lógica, sempre sob uma ótica objetiva.
4. Competência IV – mede o domínio dos mecanismos linguísticos responsáveis pela coesão e coerência textual, como o uso apropriado de conectivos, pronomes, tempos verbais e outros recursos que asseguram a progressão das ideias.
5. Competência V – exige a elaboração de uma proposta de intervenção que seja viável, detalhada e relacionada ao problema abordado no texto, sempre com base no respeito aos Direitos Humanos.
Dessa forma, a construção de uma redação nota mil exige não somente domínio da escrita formal, mas também a capacidade de argumentar de maneira analítica, articulada e consciente.
Afinal, como fazer uma redação nota mil para o Enem?
A redação nota mil para o Enem pode ser decisiva para conquistar uma vaga na faculdade ou universidade pública, já que representa uma parte crucial da pontuação total, com caráter eliminatório. Para atingir a classificação desejada, é essencial atender às cinco competências exigidas pela banca, conforme já abordado neste artigo. Isso abrange desde o domínio da norma culta da língua portuguesa até a elaboração de uma proposta de intervenção bem fundamentada.
A seguir, confira o nosso checklist, a fim de garantir que você esteja pronto para atingir a pontuação máxima.
1. Leia e interprete bem a proposta
O primeiro passo é entender exatamente o que o tema solicita. Isso requer muita atenção ao enunciado e aos textos motivadores, que ajudam a delimitar o recorte da proposta. Desse modo, interpretar com precisão evita tangenciamentos ou fuga ao tema — erros que comprometem seriamente a nota.
2. Organize as suas ideias para produzir uma redação nota mil para o Enem
Para garantir uma redação nota mil para o Enem, antes de escrever qualquer coisa, organize as suas ideias. Isso porque um bom planejamento de texto precisa de clareza, coesão e argumentos conectados entre si.
Assim, é possível planejar a introdução com contextualização e tese, desenvolver os dois parágrafos com argumentos bem estruturados e concluir com uma proposta de intervenção completa e viável.
3. Não repita os textos de apoio
Os textos motivadores servem para orientar, mas não devem ser copiados ou resumidos. Por isso, os trechos reproduzidos literalmente são desconsiderados.
Então, use o seu repertório sociocultural para enriquecer a argumentação: referências históricas, artísticas, científicas ou fatos da atualidade mostram domínio do tema e capacidade críticas. Por isso, essas qualidades são valorizadas na correção.
4. Conquistar uma redação nota mil no Enem exige atenção à norma culta
Erros gramaticais e desvios da norma culta da língua portuguesa comprometem totalmente a chance de alcançar uma redação nota mil no Enem. Isso ocorre em razão da competência I, que avalia justamente o domínio da escrita.
Portanto, revise com cautela os seguintes pontos:
– Ortografia e acentuação (inclusive uso de hífen, letras maiúsculas e minúsculas);
– Gramática (concordância, regência, pontuação, tempos verbais, pronomes, uso da crase etc);
– Adequação da linguagem formal (lembre-se de evitar linguajar informal e ter cuidado para não utilizar gírias ou expressões orais);
– Vocabulário preciso (palavras usadas de forma correta e apropriada ao contexto).
5. Escreva de forma legível
Não basta escrever corretamente, pois os avaliadores precisam entender o que está escrito. Se a letra estiver ilegível ou confusa, partes do texto podem ser descartadas no decorrer da correção, o que compromete a nota final. Sendo assim, escreva com clareza e capriche na apresentação.
6. Uma redação nota mil do Enem valoriza os Direitos Humanos
Toda redação nota mil do Enem prioriza o respeito aos Direitos Humanos, especialmente nos argumentos e na proposta de intervenção. Consequentemente, posicionamentos que não obedeçam a esses princípios podem zerar a Competência V.
Por isso, é necessário manter o foco em valores fundamentais, como:
– Dignidade da pessoa humana;
– Igualdade de direitos;
– Valorização das diversidades;
– Laicidade do Estado;
– Sustentabilidade socioambiental;
– Democracia e inclusão na educação.
7. Invista em um bom Ensino Médio ou curso para Pré-Vestibular e aumente as suas chances de redação nota mil no Enem
Conquistar uma redação nota mil no Enem exige preparo, estratégia e orientação especializada, e tanto o Ensino Médio quanto o curso para Pré-Vestibular do Sistema de Ensino Equipe — conceituado grupo educacional do Pará — são as escolhas inteligentes para isso. Combinando teoria e prática, o “Projeto de Redação” promovido pela escola oferece aulas interativas, correções individualizadas e uma metodologia focada no desenvolvimento das cinco competências exigidas na prova discursiva.
Também por meio do curso específico de redação do Equipe, os alunos são incentivados à leitura crítica, ao domínio da norma culta do português e à escrita argumentativa, com atividades que aperfeiçoam a construção textual e fortalecem o repertório sociocultural. Naturalmente, o acompanhamento constante e os feedbacks personalizados garantem avanços reais a cada nova produção.
Portanto, garantir uma preparação completa é o caminho ideal para se destacar no Enem e conquistar a tão sonhada vaga na universidade.